Manifestação contrária ao contínuo aumento do valor dos combustíveis no País.

22 de maio de 2018

O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PRB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, o nosso boa-noite!

Nos últimos 17 dias, houve 11 aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis em nosso País. Novo reajuste já foi anunciado para hoje!

Nas refinarias, o litro da gasolina aumentou 61 vezes em menos de seis meses durante o ano passado; o diesel, 68 vezes. Foi uma consequência direta da mudança na política de preços da Petrobras. Entre julho de 2017 e maio de 2018, o total de alta foi de mais de 42%.

Nos postos, onde o consumidor percebe rapidamente o problema, os sustos são diários. A gasolina está a quase R$5 – em alguns lugares, mais do que R$5 –; o diesel, R$3,70.

A justificativa mais comum que se ouve é o aumento do preço do petróleo e do dólar. Mas até onde me consta, nem um nem outro subiu 42% do ano passado para cá!

No afã de fazer caixa, de se recuperar economicamente a Petrobras, ela está repassando para o consumidor final os custos de anos de má administração e desmandos naquela empresa.

Agregue-se a isso, a inclemente carga tributária que pesa sobre o valor final dos combustíveis, cujas cifras estão em torno de 40%.

Se não temos jurisdição sobre o que acontece no mercado internacional em relação ao preço do petróleo e do dólar, não há nada que possa ser feito internamente para conter essa alta dos preços? Será que ninguém está pensando nos efeitos terríveis que isso pode ter para a nossa convalescente economia, para o orçamento das famílias, para o planejamento das empresas? Será que ninguém está preocupado com o efeito disso para os preços dos fretes? E, depois dos fretes, o impacto inflacionário disso nos preços gerais?

O Poder Público precisa tomar alguma providência urgentemente. É preciso sair em defesa do consumidor brasileiro, que já está combalido, está em dificuldades muito grandes, pois a renda per capita tem caído ano após ano, e a atividade econômica em geral sofrerá as piores consequências.

Pergunto: não há o que fazer ou não há vontade de fazer, vontade política?

Nossa economia não está forte o suficiente para resistir a tanto aprofundamento dessa crise, que já está mostrada nos meios de comunicação.

O povo brasileiro não tem condições de arcar com mais esse prejuízo em série. E ficamos extremamente preocupados, porque todos os parâmetros da economia estavam em franca recuperação. Com essa alta sucessiva de preço, poderá comprometer a taxa de juros, a inflação e todos os indicadores importantes que possam melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

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