A primeira reunião do Fórum Permanente de Segurança na Fronteira de Mato Grosso do Sul recebeu mais de 700 pessoas, entre agentes de segurança pública, judiciário, legislativo e executivo, para discutir solução efetiva no combate aos crimes na região fronteiriça. O evento, que aconteceu na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), contou ainda com a presença do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Para o senador Pedro Chaves, organizador do Fórum, o evento foi produtivo e cumpriu o papel de trazer medidas concretas no combate ao crime organizado nas fronteiras de Mato Grosso do Sul.
“O ministro Jungmann anunciou que Campo Grande será a base da Operação Fronteira Segura, com efetivo de aproximadamente 300 policiais Federais e da Força Nacional que serão distribuídos em nove estados, todos comandados do nosso Estado. Além disso, reunimos as Forças Armadas, polícias estaduais e federais, agentes de inteligência, entre outros órgãos para a integração no combate ao crime”, analisou Pedro Chaves.
O ministro Jungmann parabenizou a iniciativa do fórum e afirmou que o país carece de política de combate à violência e ao crime organizado. “Nós não temos um sistema nacional e uma política nacional de segurança pública. Nós temos um federalismo acéfalo. Os estados que definem sua política. Eles não criam um federalismo participativo, compartilhado”, criticou.
Jungmann citou que a principal tarefa do Ministério é implantar um sistema integrado de segurança pública. “União e Estado vão ter que trabalhar juntos no combate ao crime organizado. Agora, o banco de dados e as informações serão integradas. As operações serão integradas. Claro, não será de hoje para amanhã. Não é mágica. Mas, nós teremos um sistema nacional de segurança pública e uma política nacional de segurança pública”. Ele ainda disse que segurança pública, assim como saúde e educação, terá dinheiro carimbado. “Teremos recursos previsíveis e crescentes. O Estado de Mato Grosso do Sul saberá ano a ano o que ele irá receber. Vamos passar a ter uma previsibilidade para isso”.
Outros pontos abordados pelo Ministro, que auxiliarão na segurança pública, serão a implantação da Escola Nacional de Segurança Pública e Inteligência, o Instituto Nacional de Estudos Estatísticos em Segurança Pública, a Coordenação Nacional de Fronteiras (dentro do Ministério) e uma Política Nacional de Prevenção Social. “A grande política de segurança é a prevenção, é a ação pública que se dá antes do delito”, salientou.
O evento foi promovido em parceria com a Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) e a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).
